Amsterdam - Anne Frank

Amsterdam: uma cidade divida entre a cultura e o comércio sexual 

Leliete Bizari

 

Amsterdam é uma cidade holandesa de arquitetura impressionante, lindos canais que cruzam toda a cidade, ótimos lugares de compras e um povo extremamente receptivo e amigável. A língua oficial é o holandês, mas a grande maioria da população fala inglês fluente.

É impressionante a dualidade que encontramos em Amsterdam. Enquanto guarda algumas das maiores obras de arte da história, em museus reconhecidos internacionalmente, por outro lado, possui uma cultura liberal que permite o uso de drogas e o sexo explícito.

É difícil definir exatamente onde reside o charme ou o encanto principal de Amsterdam. Talvez ele esteja em seus prédios de fachadas coloridas, construídos durante o século 17. Ou talvez em suas pequenas embarcações que cruzam os inúmeros canais, ou ainda na liberalidade cultural e sexual que há décadas deixou de ser novidade por lá. Ou quem sabe a razão principal é o fato desta ser uma cidade construída abaixo do nível do mar, onde as pessoas tem o hábito de usar sapatos de madeira e trabalhar em moinhos de vento. Talvez o encanto de Amsterdam esteja simplesmente porque aqui pode-se encontrar todas estas coisas, ao mesmo tempo e no mesmo lugar.

Amsterdam, lar do "Ronda Noturna" de Rembrandt e do "Girassóis" de Van Gogh, possui mais museus por metro quadrado do que qualquer outro país do mundo! Na cidade encontram-se muitos museus de fama internacional, como o Rijksmuseum, o museu de arte moderna Stedelijk Museum, o Museu Casa de Rembrandt e Museu van Gogh que possui a maior coleção de pinturas de Van Gogh no mundo.

A Casa de Anne Frank é um dos destinos turísticos mais popular da cidade, visitado por centenas de pessoas todos os dias.

É importante lembrar que lá também se encontra a conhecida fábrica de cerveja Heineken e o clube esportivo AFC Ajax, que têm sua sede e seu estádio na cidade.

O espírito liberal justifica o fato de nela existirem alguns cafés, os chamados Coffeeshops, onde é autorizado o consumo de drogas leves, como a maconha, e de existir uma indústria do sexo legalizada. No "Red Light District" (ou Bairro da Luz Vermelha) as ruelas estão lotadas de sex shops, bares onde decorrem shows eróticos, cinemas eróticos e até um museu do sexo.

Uma curiosidade é que Amsterdam é famosa pela enorme quantidade de bicicletas e é o centro mundial delas. Quase todas as ruas principais têm vias para ciclistas, e pode-se deixar a bicicleta em qualquer lugar. Em Amsterdam existem ao redor de 700.000 ciclistas (750.000 habitantes).

        

          

Anne Frank

Quem nunca ouviu falar em Anne Frank? Ou no seu livro de memórias, na verdade um diário, que leva seu nome: “O Diário de Anne Frank”?

Anne Frank foi uma adolescente judia obrigada a viver escondida dos nazistas durante o Holocausto. Nasceu em Frankfurt numa família de patriotas alemãs que teriam participado da Primeira Guerra Mundial.

Ela e a sua família viveram 25 meses, durante a Segunda Guerra Mundial, num anexo de quartos por cima do escritório do pai dela, em Amsterdam, denominado “Anexo Secreto”. Enquanto vivia no Anexo Secreto, Anne escrevia em seu diário (que ganhou de aniversário), a que ela deu o nome de Kitty. No diário escrevia o que sentia, pensava e o que fazia. Os longos meses de silêncio e medo aterrorizante, acabaram ao ser denunciada aos nazistas e deportada para campos de concentração.

O local onde a família de Anne Frank e outras quatro pessoas viveram para se esconder  tornou-se um famoso museu após a publicação do diário. Nesse há uma reprodução das condições em que os moradores do Anexo Secreto viviam e é apresentada a história de seus oito habitantes e das pessoas que os ajudaram a se esconder durante a guerra. Um dos itens apresentados ao público é o diário escrito por Anne, que viria a se tornar mundialmente famoso após sua morte, devido a iniciativa de seu pai, Otto, de publicá-lo. Hoje, é um dos mais famosos símbolos do Holocausto.