terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pouco mais de um ano após a inauguraç...


Ambulatório tem 600 fumantes na fila de tratamento em Jaú

Jacqueline Gasparotto 

 

Pouco mais de um ano após a inauguração, o Ambulatório Antitabagismo do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) em Jaú registra fila de 600 fumantes interessados em largar o vício. Desde o ano passado já foram feitos 200 atendimentos, que consistem em cursos que debatem as questões psicológicas e físicas do tabagismo e em medicação que procura amainar o anseio por nicotina.
De acordo com a enfermeira responsável pelo Caps, AlecSandra Oliveira, a fila se forma porque os cursos duram quatro meses e as turmas têm no máximo dez alunos.           “Essa é a metodologia indicada, para que possamos acompanhar caso a caso nossos pacientes e para que tenhamos bons resultados”,afirma.
Atualmente o ambulatório conta com duas turmas no período diurno e duas no período noturno. As discussões são mediadas por uma enfermeira, uma psicóloga e uma assistente social.


Antes do tratamento, o interessado passa por triagem médica em que são avaliadas condições físicas e os danos que o tabaco já causou no organismo. Quando é chamado para o curso, o paciente precisa escolher o “Dia D”, em que vai largar definitivamente o cigarro.
“A partir desta data ele se compromete a não fumar mais, até para que o medicamento faça efeito”, esclarece a enfermeira AlecSandra. “O tratamento responde por 20% da ‘cura’ do indivíduo. Os outros 80% vêm da determinação de cada um”, diz a psicóloga do centro, Margareth Camargo.


A falta de vontade de alguns fumantes faz que os índices de sucesso do tratamento, que coincidem com a média de organizações internacionais, sejam de 30%. “Muitos desistem no meio do tratamento ou voltam a fumar depois”, relata AlecSandra.


A lei que proíbe o fumo em locais fechados, em vigor no Estado há dois meses, contribuiu para o anseio de algumas pessoas em acabar com o vício. Para José César Cardoso, proprietário de Bar, o cerco está se fechando contra o fumante.


“Hoje a pessoa não pode fumar nem na calçada, daqui uns dias ela para de sair, então é melhor parar logo com o cigarro”,acredita.
César fumava quatro maços por dia e há uma semana está tentando parar. “Tenho de ter dupla determinação, tanto para conseguir largar o fumo como para trabalhar em um lugar em que há muitos fumantes”, diz.

 

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